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Stéphane DOVERT, p. 327-345
Timor Loro Sae, un nouvel
État à lheure du village global : réflexions sur nos mythes et nos modes
Lorsquen 1975, le Portugal a décidé la décolonisation de Timor-Est, la voie de
lindépendance sest avérée fermée. Les enjeux géopolitiques de
lépoque nont pas permis à la volonté populaire émergeante de
sexprimer ; dautant que lopinion publique occidentale, en proie à
dautres engouements, nétait plus guère sensibles aux questions de
libération nationale.
Un quart de siècle plus tard, les problématiques mondiales ont changé. Mais les
Timorais, devenus indépendants, suscitent de nouvelles inquiétudes et de nouvelles
interrogations qui ne relèvent pas plus du champ de leurs aspirations. Entre
lingérence humanitaire et lidéal libéral dun monde sans frontière,
on risque de compromettre la viabilité de la nouvelle nation en singéniant à
lassurer.
Timor Loro Sae, um novo Estado na hora da aldeia global : reflexões sobre os nossos
mitos e os nossos modos
Quando em 1975, Portugal decidiu proceder à descolonização de Timor-Leste, a via da
independência mostrou-se fechada. Os interesses geopolíticos da época não permitiram,
à vontade popular emergente, exprimir-se ; além disso a opinião pública ocidental, em
prol a outros paixões, já não estavam sensíveis às questões da liberação nacional.
Um quarto de século mais tarde, as problemáticas mundiais mudaram. Mas os Timorenses,
que se tornaram independentes, suscitam novas preocupações e novas interrogações que
não passam das suas simples aspirações. Entre a ingerência humanitária e o ideal
liberal de um mundo sem fronteira, corre-se o risco de comprometer a viabilidade da nova
nação ao esforçar-se a assegurá-la.
Timor Loro Sae, a New State at the Time of the Global Village :
Reflections on our Myths and Modes
When Portugal decided to decolonise East Timor in 1975, the road to independence turned
out to be closed. The geopolitical issues of the time did not allow the emerging popular
will to express itself ; and western public opinion, occupied by other matters, was not
tuned into the questions of national liberation.
A quarter of a century later, world issues have changed. But the Timorese, who have become
independent, are arousing new concerns and raising new questions which are not within the
field of their aspirations. Between humanitarian interference and the liberal ideal of a
world without frontiers, there is a risk of compromising the viability of the new nation
whilst endeavouring to achieve it.
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