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Severino Elias NGOENHA, p. 425-436

Les missionnaires de la Mission suisse face au nationalisme mozambicain : différences de perception
À partir de 1928, suite au durcissement du gouvernement portugais vis-à-vis des missions protestantes, la Mission décide d'engager un juriste pour l'aider à se défendre. Celui-ci, André Clerc, travaille à jeter les bases du nationalisme thonga, le seul qui semblait à terme susceptible de défendre la présence missionnaire suisse au Mozambique. Cependant, cette vision n'est pas partagée par tous les missionnaires. Après 1945 apparaît une génération de pasteurs formés à l'école de la théologie politique, qui parle aussi des nationalismes africains, mais avec des objectifs différents. À partir de 1960, presque tout le monde était prêt à soutenir le nationalisme. Mais les uns le faisaient avec des visées économiques évidentes, d'autres cherchaient ainsi à récupérer un espace considéré comme une propriété quasi coloniale, d'autres encore étaient animés
par un piétisme théologique. On relèvera ces divergences de perception du facteur nationaliste et les oppositions qui s'ensuivirent à l'intérieur même de la Mission.

Os missionários da Missão suíça face ao nacionalismo moçambicano : diferenças de percepção
A partir de 1928, na sequência do endurecimento da posição do governo português em relação às missões protestantes, a Missão decide contratar um jurista para a ajudar a se defender. Este último, André Clerc, trabalha no lançamento das bases do nacionalismo thonga, o único que parecia a prazo susceptível de defender a presença missionária em Moçambique. No entanto, esta visão não é partilhada por todos os missionários. Após 1945 aparece uma geração de pastores formados na escola da teologia política, que também fala dos nacionalismos africanos, mas com objectivos diferentes. A partir de 1960, quase toda a gente estava pronta a apoiar o nacionalismo. Mas uns faziam-no com intereresses económicos evidentes, outros procuravam desta feita recuperar um espaço considerado como uma propriedade quase colonial, outos estavam animados por um pietismo teoloógico. Abordamos estas divergências de percepção do factor nacionalista e as oposições que se lhe seguiram mesmo no interior da Missão.

The Missionaries of the Swiss Mission Faced with Mozambican Nationalism : Differences of Perception
From 1928 onwards, as the attitude of the Portuguese government towards Protestant missions hardened, the Mission decided to employ a lawyer to help it to defend itself. This lawyer, André Clerc, worked on founding the basis of Thonga nationalism, the only one which appeared likely to defend the presence of the Swiss missionaries in Mozambique. However, this vision was not shared by all the missionaries. After 1945 a generation of ministers trained at the school of political theology appeared, also talking about African nationalism but with different objectives. From 1960 onwards, almost everyone was ready to support nationalism, but some were doing so with obvious economic aims, others were trying to retrieve a space considered almost as colonial property and others were inspired by theological pietism. We will study these diverging visions of the nationalist factor and the resulting opposition within the Mission.