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Nina Clara TIESLER,
p. 91-101
ISLAM IN PORTUGUESE-SPEAKING AREAS
Historical accounts, (post)colonial conditions and current debates
Muslims are citizens and active members of society in nearly all lusophone areas. Among
the Portuguese-speaking African countries, Guinea Bissau and Mozambique have long-standing
Muslim populations, while, Angola, for example, received immigrants from Islamic majority
countries only recently. The Islamic presence in Portugal goes back to Gharb al-Andalus,
but the contemporary Muslim communities must be understood as a postcolonial phenomenon.
Brazil, East Timor and Macao, also have particular historical experiences and differing
present day Muslim populations.
All cases differ significantly, but Muslims in lusophone spaces do share some similar
socio-cultural point of comparison. In each case, Muslims are treated as representatives
of a religious minority (except Guinea-Bissau); and in many cases Muslims represent ethnic
backgrounds that differ from the dominant society. Furthermore, international migration
reconfigures several lusophone fields, often leading to the increasing diversification.
New transnational links have emerged among Muslims, often based on shared experiences in
current national or local socio-historical contexts, on ethnicity or common language
which in many cases, is Portuguese.
LIslam dans les espaces lusophones
Récits historiques, conditions (post)coloniales et débats actuels
Les Musulmans sont des citoyens et des membres actifs de la société dans presque tous
les espaces lusophones. Parmi les pays africains de langue portugaise, la Guinée-Bissau
et le Mozambique ont des populations musulmanes établies de longue date, alors que
lAngola, par exemple, na accueilli que récemment des immigrés de pays à
majorité islamique. La présence islamique au Portugal remonte à Gharb al-Andalus, mais
les communautés musulmanes contemporaines doivent être comprises comme un phénomène
post-colonial. À lheure actuelle, le Brésil, Timor oriental et Macao, possèdent
également des expériences historiques particulières et des populations musulmanes
différentes.
Tous les cas diffèrent sensiblement mais les Musulmans présents dans les espaces
lusophones sont comparables à bien des égards sur le plan socioculturel. Toujours, sauf
en Guinée-Bissau, les Musulmans sont perçus comme les représentants dune
minorité religieuse, et très souvent, ils ont des origines ethniques qui diffèrent de
celles de la société dominante. De plus, les migrations internationales qui
reconfigurent certains domaines lusophones, conduisent souvent à une augmentation de la
diversité. De nouveaux liens transnationaux ont émergé parmi les Musulmans, dans les
contextes nationaux et socio-historiques actuels, fondés sur lethnie ou la langue
commune laquelle, dans bien des cas, est le Portugais.
O Islão em espaços lusófonos.
Relatos históricos, condições (pós)coloniais e debates actuais
Os muçulmanos são cidadãos e membros activos da sociedade em quase todas as áreas
lusófonas. Entre os PALOPs, Guiné-Bissau e Moçambique têm populações muçulmanas de
longa data, enquanto Angola, por exemplo, recebe só recentemente imigrantes de países
maioritariamente islâmicos. A presença islâmica em Portugal remonta a Gharb
al-Ândalus, no entanto as comunidades muçulmanas contemporâneas devem ser compreendidas
como um fenómeno pós-colonial. Brasil, Timor-Leste e Macau também têm experiências
históricas particulares e contam com uma comunidade muçulmana cujas características
diferem significativamente.
Todos os casos diferem, mas os muçulmanos nos espaços lusófonos compartilham algumas
similaridades na comparação de pontos sócio-culturais. Em cada caso, os muçulmanos
são vistos como representantes de uma minoria religiosa (excepto Guiné-Bissau); e em
muitos casos os muçulmanos representam origens étnicas que diferem da sociedade
dominante. Ademais, a migração internacional que reconfigura diversos campos lusófonos,
conduz frequentemente à crescente diversificação. Novas ligações transnacionais
emergiram entre muçulmanos, na base de experiências comuns em actuais contextos
sócio-historicos nacionais ou locais, da etnicidade ou no idioma dominante que
maioritariamente, é o português.
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