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Camille GOIRAND, p. 163-172

Violence, contrôle de la violence et démocratie
Malgré les pacifications et les démocratisations, les sociétés lusophones d´Afrique et du Brésil continuent à être traversées par de multiples violences, dont les répertoires ont changé, qui se criminalisent et dont les effets sur la sociabilité commencent à se faire sentir avec force. Pour lutter contre ces violences et leur dissémination sociale, les gouvernements, nationaux et locaux, issus d´élections peinent à redéfinir les politiques de sécurité publique, dont la réforme démocratique dépend en priorité du retrait des forces de l´ordre de la sphère politique. Réfléchir aux trajectoires des violences permet d´en mettre en valeur l´historicité, de s´interroger sur les héritages liés au passé portugais commun, et d´évaluer la portée des changements sociaux et politiques d´aujourd´hui.

Violência, controlo da violência e democracia
Apesar das pacificações e das democratizações, as sociedades lusófonas da Africa e do Brasil continuem sendo atravessadas por múltiplos tipos de violencias, que estão passando por um processo de criminalização, cujos repertórios passaram por mudanças, e cujos efeitos sobre a sociabilidade começam a ser sentidos com força. Para lutar contra essas violências assim como contra a sua disseminação social, os governos eleitos, tanto nacionais como locais, tem dificuldades para redefinir as políticas de segurança pública, cuja reforma democrática depende prioritariamente da saída das forças armadas do campo político. Pensar as trajetórias das violencias permite indicar sua historicidade, traz perguntas sobre as heranças do passado português em comum, e constitui um meio par medir as mudanças sociais e políticas de hoje.

Violence, Control of Violence and Democracy
In spite of pacification and democratization processes, portuguese speaking countries from Africa and Brazil are still passing through multiple violences, more and more criminal, which repertoires have changed and whose effects on sociability are beginning to be felt with force. In order to fight those violences and their social dissemination, national and local elected governments have difficulties in redefining public security policies. Their reform depends in priority on the retreat of the military from the political sphere. Thinking the trajectories of violences means emphazising their historicity, examining the heritages of a shared portuguese past, and evaluating the scope of today’s social and political changes.