Vous pouvez télécharger l'article intégral au format pdf ou rtf

Michel CAHEN, Philippe WANIEZ & Violette BRUSTLEIN, p. 305-362

Pour un atlas social et culturel du Mozambique
Depuis que le Mozambique est indépendant, deux recensements ont été organisés : en 1980 et en 1997, avec un vide de dix-sept ans dû à la guerre civile qui a ravagé le pays. Il était donc très intéressant de traiter les dernières données, et de les « visualiser ». Sur la base du CD-Rom publié en 1999 par l'Instituto nacional de estatística (INE) du Mozambique, ont donc été cartographiées des données démographiques (population ; densité ; masculinité ; mortalité infantile ; espérance de vie), sociales et sanitaires (handicaps ; ravitaillement en eau ; électricité ; toilettes), culturelles (analphabétisme ; cinq langues bantoues : emakhuwa, xichangana, elomwe, echuwabo, cisena ; la langue officielle : portugais) et religieuses (catholicisme ; islam ; protestantisme évangélique ; zionisme). Ces données ont été complétées par celles du site web de l'INE.
Mais, naturellement, la cartographie est dépendante de la qualité des relevés stastistiques, qui subit les interférences de difficultés matérielles, mais aussi politiques et idéologiques. C'est pourquoi la représentation cartographique doit être à son tour soigneusement analysée et soumise à la critique.

Para um atlas social e cultural do Moçambique
Desde que o Moçambique é independente, foram organizados dois recenseamentos : em 1980 e em 1997, com um vazio de dezassete anos devido à guerra civil que destruiu o país. Era portanto muito interessante tratar os últimos dados, e de os « visualizar ». Na base do CD-Rom publicado em 1999 pelo Instituto nacional de estatística (INE) do Moçambique, foram portanto cartografados dados demográficos (população, densidade, masculinidade, mortalidade infantil, esperança de vida), sociais e sanitários (condições naturais desfavoráveis, abastecimento em água, electricidade, balneares), culturais (analfabetismo, cinco idiomas bantoues : emakhuwa, xichangana, elomwe, echuwabo, cisena, o idioma oficial : português) e religiosos (catolicismo, islão, protestantismo evangélica, zionismo). Estes dados foram completados por os do site web do INE.
Mas, naturalmente, a cartografia depende da qualidade dos levantamentos estatísticos, que sofrem das interferências das dificuldades materiais, mas também políticas e ideológicas. É por esta razão que a representação cartográfica deve ser, por sua vez, cuidadosamente analisada e submetida à crítica.

A social and cultural atlas of Mozambique
Since Mozambique has been independent, two censuses have been organised : in 1980 and 1997, with the seventeen-year gap between them being due to the war that ravaged the country. It was therefore very interesting to process and « view » the latest data. Based on the CD-Rom published in 1999 by the Mozambique Instituto nacional de estatística (INE), a map was made using the data covering demography (population ; density ; sex ratio ; infant mortality ; life expectancy), social and health issues (handicaps ; water supplies ; electricity ; toilets), culture (illiteracy ; five Bantu languages : Emakhuwa, Xichangana, Elomwe, Echuwabo, Cisena; the official language : Portuguese) and religion (Catholicism ; Islam ; evangelical Protestantism ; Zionism). This data was supplemented by that on the INE website.
However, cartography is of course dependent on the quality of the statistical surveys, which is subject to material, political and ideological interference. This is why this cartographic representation should in turn be carefully analysed and submitted for criticism.