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Justino GUTERRES, p. 173-181
Pour une anthropologie du système
d'alliances à Timor : le cas des Makasae
Le système d'alliances est un moyen nécessaire pour la cohésion des groupes sociaux. À
Timor, il existe divers groupes ethnolinguistiques avec des caractéristiques culturelles
et un système d'alliances propres. Les Makasae sont un groupe ethnolinguistique qui
habite un espace d'environ 80 km par 60 km dans la partie Centrale Est de Timor oriental.
Tout individu Makasae appartient à une « omafalu » (oma = maison, falu = sacrée). Tous
ceux qui appartiennent à la même omofalu se considèrent comme étant de la même
famille. La Omafalu se trouve au centre des activités rituelles de tous les membres de la
lignée. Généralement les membres de la lignée résident virilocalement, mais lorsqu'il
n'existe pas d'échange de biens matrimoniaux, la résidence est uxorilocale. Les Makasae
établissent des alliances entre des groupes de parenté qui servent non seulement à
établir les liens de famille, mais aussi à cimenter les relations politiques et
économiques. Le sens de parenté, qui résulte d'une alliance de parenté, inculque aux
membres des notions profondes de droits sociaux et politiques et des obligations
réciproques.
Para uma antropologia do sistema de alianças em Timor : o caso dos Makasae
O sistema das alianças é um meio necessário para a coesão dos grupos sociais. Em Timor
existem vários grupos etnolinguísticos com características culturais e sistema de
alianças próprios. Os Makasae são um grupo etnolinguístico que habitam uma área de
cerca de 80 km por 60 km da parte central leste de Timor Leste. Todo o indivíduo Makasae
pertence a uma « omafalu » (oma = casa, falu = sagrada). Consideram-se da mesma família
todos os que pertencem à mesma omafalu. Omafalu é o centro das actividades rituais de
todos os membros da linhagem. Geralmente os membros da linhagem residem virilocalmente,
mas quando não existe a permuta de bens matrimoniais, a residência é uxorilocal. Os
Makasae estabelecem alianças entre grupos de parentesco que servem não só para
estabelecer e fortalecer os laços de família, mas também para cimentar as relações
políticas e económicas. O sentido de parentesco resultante duma aliança de parentesco
infunde nos membros noções profundas de direitos sociais e políticos e obrigações
recíprocas.
For an Anthropology of the Alliance System in Timor : The Case of the Makasae
The alliance system is a necessary means for the bonding of social groups. In Timor, there
are several ethno-linguistic groups with their own cultural characteristics and systems of
alliances. The Makasae are an ethno-linguistic group who live in an area of around 80 by
60 km in the central-eastern part of East Timor. Every Makasae person belongs to an «
omafalu » (oma = house, falu = sacred). All those who belong to the same omafalu consider
themselves to be from the same family. The omafalu is at the centre of the ritual
activities of all the members of the family. Generally its members live close to the
mans family, but when there is no exchange of matrimonial goods they live
uxorilocally. The Makasae forge alliances between groups of relatives, alliances which not
only form family ties but also cement political and economic links. The sense of kinship
which results from alliances of relatives gives the members profound notions of social and
political rights and reciprocal obligations. |