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Yves
LÉONARD, p.
Lélecteur
a ses raisons
En réponse à Judith Manya
Retour sur lanalyse du référendum du 28 juin 1998 sur lavortement. Dans
quelle mesure cet échec est-il essentiellement imputable à la variable religieuse et au
PS ? Plutôt que de stigmatiser le « clérical-socialisme », ne faut-il
pas voir dans labstention massive la traduction dune évolution brutale de
lélectorat portugais passant dun vote traditionnel sur clivages à un vote
sur valeurs auquel il nétait manifestement pas préparé ?
O eleitor tem as suas
razões
Em resposta a Judtih Manya
Regresso à análise do
referendo de 28 de Junho de 1998 sobre o aborto. Em que medida este fracasso se deve
essencialmente à variante religiosa e ao PS ? Em vez de se estigmatizar o
« clerical-socialismo », não se deve ver na abstenção massiva a tradução
de uma evolução brutal de um eleitorado português que passa de uma votação
tradicional em torno de clivagens a uma votação sobre valores para o qual ele não
estava manifestamente preparado ?
The elector has his
reasons
To response to Judith Manya
Back to the analysis of the
referendum of 28 June 1998 on abortion. To what extent can this failure essentially be
attributed to the religious variable and to the Socialist Party ? Rather than
stigmatising « clerical-socialism », should we not see the mass abstention as
the expression of a brutal change in the Portuguese electorate, going from a traditional
division-based vote to a vote on values for which it was manifestly ill prepared ? |