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Nishtha
DESAI, p. 469-476
La dénationalisation des
Goanais. Un aperçu de la construction de lidentité culturelle
Tristão de Braganza Cunha
(1891-1958), vénéré à Goa comme le père du nationalisme goannais, est l'auteur d'un
essai, The Denationalization of Goans, qui a été publié en 1944 sous forme de pamphlet.
Cet essai constitue une critique virulante de la domination psychologique exercée par la
culture portugaise sur la population cultivée de Goa. Il nous donne un aperçu, du point
de vue du nationalisme indien, de la façon dont se construisent des identités dans le
contexte du pouvoir colonial portugais.
Frantz Fanon (1926-61) a été l'un des premiers à mesurer l'ampleur de la domination
psychologique des cultures bourgeoises européennes dans les colonies. Mais lessai
de Cunha, qui met laccent sur lasservissement mental des Goanais par les
Portugais, a été écrit deux décennies avant la première uvre publiée de Fanon.
Cunha développe la thèse de la dénationalisation quil identifie comme le
principal obstacle au développement du nationalisme à Goa. Suite à cet essai, le terme
« dénationalisation » est entré dans le vocabulaire de presque tous les
anticolonialistes de Goa. L'objet de cette étude est de chercher à étudier le concept
de dénationalisation de Cunha, dans le contexte historique de l'évolution de Goa, et
explore les diverses perceptions dont ce concept fait l'objet aujourdhui.
Elle plaide en faveur dune historiographie plus honnête, qui tienne compte des
différentes perceptions que les différentes sections de la société goanaise se font
d'elles-mêmes. Elle commente la façon dont limage du « Goanais
dénationalisé » est pérennisée dans les représentations populaires de la
culture de Goa.
A
desnacionalização dos goeses : uma perspectiva de construção de uma identidade
cultural
Tristão de Braganza Cunha (1851-1958), reverenciado como o pai do nacionalismo goês
assinou um ensaio, The Denationalization of Goans, publicado em 1944 como um folheto. Este
ensaio faz uma crítica mordaz ao domínio psicológico da cultura portuguesa nos goeses
com educação. Ele ilustra a construção de identidades no contexto do domínio colonial
português do ponto de vista de um nacionalista indiano.
Franz Fanon (1926-61) foi um dos primeiros a compreender o domínio psicológico das
culturas europeias de classe média nas colónias. No entanto o ensaio de Cunha, que dá
ênfase à escravização mental dos goeses pelos portugueses, foi escrito duas décadas
antes da publicação da primeira obra de Fanon. Cunha construíu uma tese de
desnacionalização, definindo-a como o principal obstáculo ao desenvolvimento do
nacionalismo em Goa. Como resultado deste ensaio o termo
« desnacionalização » entrou no vocabulário de quase todos os combatentes
pela liberdade em Goa. Esta apresentação procura explorar o conceito de
desnacionalização de Cunha no contexto da história de Goa e perceber como é que este
conceito é recebido actualmente.
Ele discute da necessidade de uma historiografia mais honesta que englobe as diferentes
auto-percepções que existem entre os diferentes grupos da sociedade de Goa. Ele procura
comentar o facto de a imagem do « goês desnacionalizado » continuar a
sobreviver em representações populares da cultura de Goa.
The Denationalisation of
Goans. An Insight into the Construction of Cultural Identity
Tristão de Braganza Cunha
(1891-1958), revered as The Father of Goan Nationalism in Goa authored an essay, The
Denationalization of Goans, published in 1944 as a booklet. This essay gives a sharp
critique of the psychological dominance of Portuguese culture over the educated people of
Goa. It gives an insight into the construction of identities in the context of Portuguese
colonial rule from the standpoint of an Indian nationalist.
Frantz Fanon (1926-61) was one of the first to realise the psychological dominance of
European middle-class cultures in the colonies. However, Cunha's essay, which emphasises
the mental enslavement of Goans by the Portuguese, was written two decades prior to
Fanon's first published work. Cunha, constructed a thesis of denationalization,
identifying it as the main obstacle for the development of nationalism in Goa. As a result
of this essay the term « denationalization » entered the vocabulary of almost
every freedom fighter in Goa. This presentation attempts to view Cunha's concept of
denationalization in the context of Goa's history and explores how this concept is
received today.
It
argues the need for a more honest historiography that accommodates the different
self-perceptions that exist among different sections of Goan society. It comments on how
image of the « denationalised Goan » continues to survive in popular
representations of the culture of Goa. |