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Christine MESSIANT, p. 9-26

L’Angola, Circulez, il n’y a rien à voir !
S'il est incontestable que Jonas Savimbi, le chef de l’Unita, est un despote responsable de nombreux crimes, il n'est pas le seul dirigeant politique en Angola à en avoir commis ou fait commettre. On se voit donc contraint de rappeler ici quelques faits élementaires : il y a bien une guerre en Angola, menée par deux forces armées, l'une aux ordres d'un gouvernement reconnu internationalement comme un État de droit, l'autre une rébellion sanctionnée par la communauté internationale – mais à propos de la quelle il faut rappeler aussi que 40 % des votants ont, en 1992, préféré son chef à José Eduardo dos Santos du MPLA (49 %).
Cette guerre, à laquelle les deux camps se sont préparés – et que le gouvernement a choisi de lancer « pour en finir » –, dont les deux camps se disent tous deux victimes et qu'ils disent mener « au nom du peuple » et pour sa défense, a un coût exorbitant pour ce peuple. Elle est loin de permettre une pacification militaire, mais détruit en revanche toujours plus les bases de la paix civile.
La communauté internationale se préoccupe d'en compenser certains dégâts, mais elle a, depuis près de deux ans maintenant, cessé de jouer un rôle dans la recherche de la paix, et préfère ignorer le mouvement civil contre la guerre qui s'est constitué. À cette attitude de la communauté internationale « officielle » ne sont pas étrangers les intérêts stratégiques et pétroliers de grandes puissances, ainsi que ceux d'une multitude de pays plus ou moins grands, d'entreprises multinationales, d'hommes d'affaires et de trafiquants, qui se font concurrence en Angola.

Angola ? Não há nada para ver !
Se o facto de Jonas Savimbi, chefe da Unita, ser um déspota responsável por numerosos crimes é incontestável, não é o único dirigente político na Angola que cometeu ou mandou cometer crimes. Vemo-nos portanto na obrigação de lembrar alguns factos elementares : existe realmente uma guerra na Angola, travada entre duas forças armadas, uma ao mando de um governo reconhecido internacionalmente como um Estado de direito, outra sendo uma rebelião sancionada pela comunidade internacional – mas acerca da qual é preciso também lembrar que 40 % dos votantes, em 1992, preferiram o seu chefe a José Eduardo dos Santos do MPLA (49 %).
Esta guerra, para a qual os dois campos prepararam-se – e que o governo escolheu iniciar « para acabar com tudo » –, e que ambos os grupos dizem ser vítimas e dizem travar esta guerra "em nome do povo" e para a sua defesa, a um custo exorbitante para o povo, está longe de permitir qualquer pacificação militar, bem pelo contrário, destrui sempre as bases da paz civil.
A comunidade internacional tenta compensar certos danos, mas, vai fazer aproximadamente dois anos agora, cessou de desempenhar o papel na procura da paz, e prefere ignorar o movimento civil contra a guerra que rebentou. Os interesses estratégicos e petrolíferos de grandes potências, assim como os de uma multidão de países mais ou menos importantes, de empresas multinacionais, de homens de negócios e de traficantes, que fazem concorrência na Angola, não são alheios a esta atitude da comunidade internacional « oficial ».

Angola ? War and Business as Usual !
Although Jonas Savimbi, the head of Unita, is indisputably a despot, responsible for many crimes, he is not the only political leader in Angola to have committed or ordered them. We are obliged here to remember a few elementary facts : there is a war on in Angola, led by two armies, one under the orders of a government that is internationally recognised as a legitimate State, the other a rebellion sanctioned by the international community – but about which we should not forget that 40 % of voters preferred its leader to José Eduardo dos Santos of the MPLA (49 %) in 1992.
In this war, for which both camps prepared – and which the government chose to start « in order to be done with it » – both sides say they are victims, and both say they are fighting « in the name of the people », at an exorbitant cost to that people. It is far from offering the prospect of the enforcement of peace by military means, instead destroying the bases for civil peace.
The international community is concerned with compensating for some of the damage, but for nearly two years now it has ceased to play a role in the search for peace, preferring to ignore the civil movement against the war. This attitude by the « official » international community could well have something to do with the strategic and petroleum interests of some powerful countries, along with those of a multitude of countries of varying size, multinational companies, businessmen and traffickers, all of whom are competing in Angola.